terça-feira, 13 de março de 2007

" A Linguagem do seu Coração "

" A língua arcaica da tradição foi concebido como um tipo de 'Latim Élfico', e pela sua transcrição para a escrista parecer proximadamente com o Latim(...) A similaridade visual com com o Latim havia aumentado. Realmente, poderia ser dito que é composto de uma base de Latim com dois outros(principais) ingredientes que vem me dar um prazer 'fonoestético': Finlandês e Grego. É, contudo, menos consonantal que qualquer das três. Essa língua é o Alto Élfico ou Quenya."

J.R.R.Tolkien

Namárië

Aproximadamente em 1915, com 23 anos, Tolkien começou a reunir textos para o "Qenya lexicon", que era uma das primeiras listas de palavras élficas. Várias revisões foram realizadas tanto na gramática quanto no vocabulário do primeiro "Qenya" que o separa das formas exemplificadas em O Senhor dos Anéis. Com o passar do tempo, nos anos 30, um "Quenya" foi se aperfeiçoando gradativamente. Durante toda a sua vida, Tolkien continuou refinando o Alto Élfico de acordo com seu próprio filho, Christopher Tolkien, onde afirma: "era a linguagem como ele gostaria, a linguagem do seu coração."

O Pai Nosso

O exemplo mais longo de Quenya no Senhor dos Anéis é o Lamento de Galadriel, um dos mais conhecidos poemas em Quenya, chamado: Namárië.

Namárië

Ai! laurië lantar lassi súrinen,
Yéni únótimë ve rámar aldaron!
Yéni ve lintë yuldar avánier
mi oromardi lissë-miruvóreva
Andúnë pella, Vardo tellumar
nu luini yassen tintilar i eleni
ómaryo airetári-lírinen.
Sí man i yulma nin enquantuva?
An sí Tintallë Varda Oiolossëo
ve fanyar máryat Elentári ortanë
ar ilyë tier undulávë lumbulë
ar sindanóriello caita mornië
i falmalinnar imbë met, ar hísië
untúpa Calaciryo míri oialë.
Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!
Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Nai elyë hiruva! Namárië!


Tradução
Ah! Como ouro caem as folhas ao vento,
Longos anos inumeráveis como as asas das árvores!
Os longos anos se passaram como goles rápidos do doce hidromel
Em salões altos além do oeste,
Sob as abóbadas azuis de Varda
Onde as estrelas tremem na canção
De sua voz de Santa e Rainha.
Quem agora há de encher-me a taça outra vez?
Pois agora a Inflamadora, Varda, a Rainha das Estrelas,
do Monte Semprebranco, ergueu suas mãos como nuvens
E todos os caminhos mergulharam fundo nas trevas;
E de uma terra cinzenta a escuridão se deita
sobre as ondas espumantes entre nós
E a névoa cobre as jóias de Calacirya para sempre.
Agora perdida, perdida para aqueles do Leste está Valimar!
Adeus! Talvez hajas de encontrar Valimar.
Talvez tu mesmo hajas de encontrá-la. Adeus!

Galadriel - Edição Especial, filme O Senhor dos Anéis

O Quenya e seus vários nomes

A palavra Quenya(lê-se Qüenya), no dialeto Vanyarin Quendya, é um adjetivo formado pelo mesmo radical de Quendi, 'Elfos'; o significado seria 'Élfico, dos Quendi'. Mas a palavra Quenya é também associada ao radical quet- 'fala', e os radicais 'quet-' e 'quen-' de fato podem ser relacionados. Tolkien especulou que "a forma mais antiga deste radical referente à fala vocal era *KWE, do qual *KWETE eram elaboradas". Os mestres da tradição Élficos consideram que Quendi significa 'aqueles que falam com vozes', e de acordo com Pengolodh, Quenya significava verdadeiramente 'linguagem, fala'. Contudo, isso pode simplesmente refletir o fato de que o Quenya era a única língua conhecida quando o adjetivo Quen(d)ya 'dos Quendi' foi aplicado pela primeira vez à fala Élfica (numa elipse de Quendya lambë 'lingua dos Quendi'). Mas tarde a palavra Quenya foi usada exclusivamente como o nome para esta linguagem, não adjetivo genérico significando 'Élfico, dos Quendi'. Os Noldor, contudo, 'não esqueceram sua conexão com a antiga palavra Quendi, e ainda consideravam o nome como implicando 'Élfico', isto é, a principal fala Élfica, a mais nobre, e aquele que mais proximadamente preservou o antigo caráter da fala Élfica." O Quenya é também chamado Parmalambë 'Língua dos Livros' e Tarquesta 'Alta fala', ' a Alta Fala dos Noldor'. Como o Quenya se originou em Valinor, ele pode também ser chamado Valinoreano ou 'a fala do Elfos de Valinor'.


Após o fim da Primeira Era, muitos Noldor foram morar na ilha de Tol Eressëa, próxima a costa de Aman. Por isso, o Quenya é também conhecido como Eressëano, ou Avalloniano da cidade de Avallonë em Eressëa. Para o teleri Amaniano, o Quenya era Goldórin ou Goldolambë, evidentemente significando'Noldor'a 'Lingua Noldo', respectivamente. Em Gnômico, a primeira tentativa de Tolkien de reconstruir a linguagem que mais tarde se tornaria Sindarin, a palavra para Quenya('Qenya') era Cwedeglin ou Cwedhrin, mas essas palavras certamentenão são válidas no Sindarin maduro(Parma Eldalamberon). O elfo Glorfindel referiu-se ao Quenya como 'a Língua Antiga', e sendo a linguagem de maior prestígio no mundo, é também chamada " a Alta Fala do Oeste", " o Alto Eldarin" ou "Alto Élfico Antigo". Pelos Númenoreanos, o Quenya era chamado Nimriyë ou "Língua Nimrian", pois os Dúnedain chamavam os élfos Nimrî, os Belos. Mais tarde, Frodo refere-se ao Quenya como "a Língua Antiga dos Elfos além do Mar" e "a Língua da poesia Élfica". Em ingles, Tolkien também usou designações como "High-elven - Alto Élfico"(e ocasionalmente nas Cartas: "High-Elvish") e "Elven-Latin - Latim Élfico". Na Terra-Média, o Quenya tornou-se uma língua de cerimônia e tradição, assim Tolkien o considerou comparável ao Latim na europa.


Fontes e referências: Dúvendor, Wikipédia.



segunda-feira, 12 de março de 2007

Um Grande Professor


J.R.R.Tolkien



John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 3 de janeiro de 1892, na cidade de Bloemfontein, África do Sul. Aos 3 anos de idade passou a viver na Inglaterra com sua mãe e seu irmão. Sendo um grande amante de lingüística desde a infância, formara-se na faculdade de Letras em Exeter. Posteiormente tornara-se fisófofo e professor universitário de anglo-saxão(grande especialista no assunto) , de inglês e literatura inglesa pela Universidade de Oxford. Grande amigo de C. S. Lewis(criador da obra As crônicas de Nárnia) e membro do grupo de literatura The Inklings(grupo de discussão sobre literatura associado à Universidade de Oxford, na Inglaterra), J.R.R. Tolkien é tido tambem como o "pai da Literatura Fantástica", mesmo sendo precedido de outros grandes autores como William Morris, Robert E. Howard e E. R. Eddison.




Casa onde Tolkien escreveu O Robbit e O Senhor do Anéis



Tolkien iniciou sua obra de grande sucesso com a saga do hobbit Bilbo – um ser baixo, pacato, de pés peludos e grandes, que se aventura na Terra Média ao lado do mago Gandalf e mais 13 anões – teve tanto sucesso que Tolkien foi sondado para novas aventuras. Tolkien oferece O Silmarillion, que ele considerava sua principal obra, mesmo que, hoje, não a mais conhecida. Stanley Unwin prefere não arriscar e não publica a obra. Mesmo depois da recusa, Tolkien concorda em continuar a saga dos hobbits e começa a dar forma a uma nova obra, que lhe consome doze anos de trabalho desdos primeiros rascunhos até a sua conclução, mas que o tornaria um dos mais cultuados escritores de todos os tempos: O Senhor dos Anéis. Em 1996, uma pesquisa feita pela livraria londrina Waterstone's, que conta com mais de 200 lojas em toda Grã-Bretanha, em parceria com um canal de TV britânico, entre cerca de 25.000 leitores, coroou O Senhor dos Anéis como o melhor livro do século e O Hobbit entre os 20 melhores. Uma outra pesquisa mais recente, datada de 2003, feita pela BBC, perguntando as pessoas qual o livro favorito delas, O Senhor dos Anéis ficou em primeiro, e O Hobbit em 25°. São mais de 50 milhões de exemplares vendidos em vários países, traduzido para 34 idiomas, juntamente com legiões de fãs que se dedicam a ler e estudar a obra do autor.
O mundo artístico também foi muito influenciado por Tolkien. Na música (como a banda Blind Guardian e até na banda Led Zeppelin), o RPG, liderado pelo D&D, que guarda muito da obra Tolkieniana, o cinema (dirigidos por Peter Jackson, os três filmes ganharam dezessete Oscar), os desenhos animados, a literatura e até mesmo a Internet, com milhares de websites dedicados a sua obra renderam-se ao legado deixado por este escritor freqüentemente aclamado como o maior autor do século XX em pesquisas de opinião.

Cena do filme O Senhor dos Anéis


No dia 28 de agosto de 1973, Tolkien viaja para Bournemouth, na Inglaterra, onde desejava passar alguns dias com seus amigos. Adoece e morre numa clínica nas primeiras horas do domingo no dia 2 de setembro do mesmo ano aos 81 anos de idade.
Em 1992, ano do centenário de Tolkien, a Tolkien Society e a Mythopoeic Society plantam em Oxford duas árvores em seu tributo, relembrando a história das Duas Árvores de Valinor criada por Tolkien, em seu livro O Silmarillion.


J.R.R. Tolkien


Bibliografia

ficção: Songs for the Philologists • o Hobbit • Leaf by Niggle • The Lay of Aotrou and Itroun • Mestre Gil de Ham • The Homecoming of Beorhtnoth Beorhthelm's Son • O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, As Duas Torres, O Retorno do ReiAs Aventuras de Tom Bombadil e Other Verses from the Red Book • The Road Goes Ever On • Tree and Leaf • The Tolkien Reader • Smith of Wootton Major
Publicações póstumas: O SilmarillionContos Inacabados da Terra Média • Bilbo's Last Song • The History of Middle-earth • Roverandom • The Children of Húrin
Trabalhos acadêmicos': A Middle English Vocabulary • Sir Gawain and the Green Knight • Some Contributions to Middle-English Lexicography • The Devil's Coach Horses • Ancrene Wisse and Hali Meiðhad • The Name 'Nodens' • Sigelwara Land parte I e II, na Medium Aevum • Chaucer as a Philologist: The Reeve's Prologue and Tale • Beowulf: The Monsters and the Critics • The Reeve's Tale: version prepared for recitation at the 'summer diversions •
Sobre Histórias de FadasSir Orfeo • Ofermod e Beorhtnoth's Death • Middle English "Losenger": Sketch of an etymological and semantic enquiry • Ancrene Wisse: The English Text of the Ancrene Riwle • English and Welsh • Introdução do Tree and Leaf • Contribuições para a Biblia de Jerusalem (Algumas tradutor e lexicógrafo) • Tolkien on Tolkien (autobiografia)


Fonte de pesquisa e referências: Wikipédia

Quem somos...

O Conselho Onórië é formado por nove pessoas que visam um único objetivo: A popularização do Quenya. Este idioma criado pelo escritor, professor universitário e filósofo John Ronald Reuel Tolkien desperta um grande interesse não somente entre os seus mais convictos leitores como tambem nas muitas diversidades de pessoas que apreciam essa singular forma de comunicação. Disponibilizaremos conteúdos, tais como pequenas aulas, sites relacionados, localização de grupos de estudo espalhados pelo país, informações diversas, entre outros.
Quer saber mas sobre conteúdos de aulas?
visite o site: http://onorie.no.comunidades.net/
Deseja nos conhecer?
Também estamos no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27931248
Desde já, agradacemos a todos os estudantes, curiosos e potenciais estudantes que dividam conosco suas dúvidas, críticas e sugestões.