Namárië
Aproximadamente em 1915, com 23 anos, Tolkien começou a reunir textos para o "Qenya lexicon", que era uma das primeiras listas de palavras élficas. Várias revisões foram realizadas tanto na gramática quanto no vocabulário do primeiro "Qenya" que o separa das formas exemplificadas em O Senhor dos Anéis. Com o passar do tempo, nos anos 30, um "Quenya" foi se aperfeiçoando gradativamente. Durante toda a sua vida, Tolkien continuou refinando o Alto Élfico de acordo com seu próprio filho, Christopher Tolkien, onde afirma: "era a linguagem como ele gostaria, a linguagem do seu coração."
O Pai Nosso
O exemplo mais longo de Quenya no Senhor dos Anéis é o Lamento de Galadriel, um dos mais conhecidos poemas em Quenya, chamado: Namárië.
Namárië
Galadriel - Edição Especial, filme O Senhor dos Anéis
O Quenya e seus vários nomes
A palavra Quenya(lê-se Qüenya), no dialeto Vanyarin Quendya, é um adjetivo formado pelo mesmo radical de Quendi, 'Elfos'; o significado seria 'Élfico, dos Quendi'. Mas a palavra Quenya é também associada ao radical quet- 'fala', e os radicais 'quet-' e 'quen-' de fato podem ser relacionados. Tolkien especulou que "a forma mais antiga deste radical referente à fala vocal era *KWE, do qual *KWETE eram elaboradas". Os mestres da tradição Élficos consideram que Quendi significa 'aqueles que falam com vozes', e de acordo com Pengolodh, Quenya significava verdadeiramente 'linguagem, fala'. Contudo, isso pode simplesmente refletir o fato de que o Quenya era a única língua conhecida quando o adjetivo Quen(d)ya 'dos Quendi' foi aplicado pela primeira vez à fala Élfica (numa elipse de Quendya lambë 'lingua dos Quendi'). Mas tarde a palavra Quenya foi usada exclusivamente como o nome para esta linguagem, não adjetivo genérico significando 'Élfico, dos Quendi'. Os Noldor, contudo, 'não esqueceram sua conexão com a antiga palavra Quendi, e ainda consideravam o nome como implicando 'Élfico', isto é, a principal fala Élfica, a mais nobre, e aquele que mais proximadamente preservou o antigo caráter da fala Élfica." O Quenya é também chamado Parmalambë 'Língua dos Livros' e Tarquesta 'Alta fala', ' a Alta Fala dos Noldor'. Como o Quenya se originou em Valinor, ele pode também ser chamado Valinoreano ou 'a fala do Elfos de Valinor'.
Após o fim da Primeira Era, muitos Noldor foram morar na ilha de Tol Eressëa, próxima a costa de Aman. Por isso, o Quenya é também conhecido como Eressëano, ou Avalloniano da cidade de Avallonë em Eressëa. Para o teleri Amaniano, o Quenya era Goldórin ou Goldolambë, evidentemente significando'Noldor'a 'Lingua Noldo', respectivamente. Em Gnômico, a primeira tentativa de Tolkien de reconstruir a linguagem que mais tarde se tornaria Sindarin, a palavra para Quenya('Qenya') era Cwedeglin ou Cwedhrin, mas essas palavras certamentenão são válidas no Sindarin maduro(Parma Eldalamberon). O elfo Glorfindel referiu-se ao Quenya como 'a Língua Antiga', e sendo a linguagem de maior prestígio no mundo, é também chamada " a Alta Fala do Oeste", " o Alto Eldarin" ou "Alto Élfico Antigo". Pelos Númenoreanos, o Quenya era chamado Nimriyë ou "Língua Nimrian", pois os Dúnedain chamavam os élfos Nimrî, os Belos. Mais tarde, Frodo refere-se ao Quenya como "a Língua Antiga dos Elfos além do Mar" e "a Língua da poesia Élfica". Em ingles, Tolkien também usou designações como "High-elven - Alto Élfico"(e ocasionalmente nas Cartas: "High-Elvish") e "Elven-Latin - Latim Élfico". Na Terra-Média, o Quenya tornou-se uma língua de cerimônia e tradição, assim Tolkien o considerou comparável ao Latim na europa.
Fontes e referências: Dúvendor, Wikipédia.